A arquitetura da Fazenda Trigueiro e a adaptabilidade ao clima do Semiárido

A arquitetura da Fazenda Trigueiro e a adaptabilidade ao clima do Semiárido

• Autor
• Juliana de Castro Souza
• Co-autores
• Jassira Rodrigues Pereira
• Resumo

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  A reduzida produção acadêmica acerca das casas de fazenda nordestinas, especialmente no que toca compreender sua configuração e influência na formação histórica da sociedade sertaneja, seu partido e soluções bioclimáticas, instigou o desenvolvimento do tema por parte desta pesquisa. A fazenda Trigueiro, situada no município cearense de Pereiro, foi construída no final do século XVIII. Em sua edificação contou com emprego de mão-de-obra escrava, que chegou a utilizar areia do leito do rio Jaguaribe, localizado a 35 quilômetros e materiais do próprio terreno. Os tijolos eram cozidos em caieiras construídas no terreno, assim como as telhas. As madeiras eram retiradas da própria caatinga. A casa, que foi sede de um engenho, era distribuída em trinta e oito cômodos, de larguras significativas, inclusive contando com uma senzala no sótão. As paredes exerciam função estrutural e o pé-direito era alto, com uma empena e cumeeira altas. A casa constitui um exemplar da arquitetura vernacular, sua forma e material de acabamento representam a economia do século XIX “alicerçado no pastoreio e no cultivo do algodão.” (FAPESP, 2014, p. 03). O objetivo do presente trabalho é, dentro desse escopo, analisar a partir de visita in loco realizada as condicionantes arquitetônicas da casa e relacioná-las às possíveis adaptações ao clima de região, observando os aspectos históricos atrelados à sua construção. Destaca-se, destarte, a importância de sua preservação, de forma a fortalecer a identidade da região.

• Palavras-chave
• Casas de fazenda, Economia, Sociedade, Arquitetura vernacular.
• Área Temática
• Ciências Sociais Aplicadas

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